Júlio Bueno*
Eu iria iniciar esta nota com o título "Incompreensivel contradição", mas de relance eu pensei: não há nada de incompreensível nas contradições que os anti separatistas demonstram ao tentar, dia após dia, denegrir a imagem do movimento legítimo de paulistas e de suas ideias.
É bastante curioso ver como gostam de nos tachar de facistas, muito embora esses que assim procedem jamais leram O Estado Corporativo de Mussolini, muito menos qualquer outra obra apologética dos fascistas italianos ou de qualquer outro grupo político semelhante que tenha existido até hoje. Eles não sabem o que é o fascismo. Eles conhecem aquilo que eles próprios defendem como solução: o estado totalitário. Reflexo da mente esquerdopata, que nem mais sequer pode-se dizer esquerdista, por que já se trata no fim das contas de uma doença, uma legítima epidemia.
Anarquistas com suas mil e uma vertentes vivem a defender pelas universidades a liberdade, mais idealizada do que Proudhon ou Bakunin seriam capazes de fazer. No discurso inicial são espíritos mais livres do que Nietzsche poderia prever, mas no decorrer da história mostram seu verdadeiro lado: o apreço pela balbúrdia e pelo cáos e o incessável desejo de ver qualquer vestígio de civilização destruído.
É uma geração foucaultiana. Compadece-se com questões alheias (não digo sequer problemas alheios) e escanteiam os problemas que envolvem a si mesmo, o que no fundo é uma covardia, pois temem o enfrentamento que lhes atinja de fato. Foucalt defendeu a Revolução Islâmica no Irã, com seu Estado teocrático, autoritário, espancador de homossexuais (os tão defendidos homossexuais que em "casa" se defende contra a tirania da moral judaico-cristã do Ocidente...) e cometedor de outros crimes contra a humanidade. Pimenta no botico alheio é sempre um refresco de tamarindo.
Aqui em São Paulo há pseudo estudioso que defende o separatismo dos Bascos, dos Catalães, Galegos, Valencianos, Bretões, Milaneses e Lombardos, Abkázes, Dálmatas, Scânios, Flamengos, Porto Riquenhos, menos o de São Paulo e a pergunta que aqui coloco: ué, por que se defende tanto o separatismo dos outros e se é contra o de seu próprio Estados ?
A resposta é ao meu ver simples e hoje nada chocante para aqueles que observam as mentalidades de muitos deste rincão, mesmo não deixando de ser enojante. No fundo, quando estes defendem o separatismo de determinada nação o fazem pensando em ver a bagunça geopolítica e econômica, querem ver o fim do poder dos reis, dos presidentes e primeiros-ministros, querem ver, sobretudo, o fim e a consequente destruição do capitalismo.
O que São Paulo sempre representou ? A ordem, a liberdade com responsabilidade individual, os self-made mans, a tradição não arcaica, mas funcional, e em última instância o próprio capitalismo. O Brasil representa o estado senhor, pai e patrão, paternalista, que fez a "opção pelos pobres", opção que significa somente manter os pobres em sua pobreza; o Brasil é a terra dos "intelectuais", de uma intelligentsia que na verdade é uma burrítzia, como bem já ressaltou outrora o professor Meira Penna. Como é sabido pobreza (e não os próprios pobres) são o grande fetiche da esquerda.
São Paulo é lei e ordem. O Brasil é fetiche e demagogia.
*O autor é professor e vice-presidente do MRSP. Publicado inicialmente no Facebook.
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